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“Senhor o que queres que eu faça?

é Cleberson Dutra dos Santos
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25 Julho 2018

Meu nome é Cleberson Dutra dos Santos, tenho 20 anos e moro em Londrina-PR. Minha primeira experiência sobre missão e foi paixão à primeira vista, foi em um encontro da Infância missionaria (2012)

, com o testemunho de uma leiga que foi para o continente Africano, e senti uma vontade grande de levar esse Deus para eles, esse amor abrasador, e de estar em meio de quem realmente necessita de atenção e de amor.

E desde lá estive trabalhando dentro da igreja, em vários movimentos, até que fui convidado para o JUMP (Juventude Missionaria Pime), por mais que já conhece-se a casa, já conhece-se um pouco sobre missão, fui arrebatado no primeiro encontro com tema “ Continente Asiático “ , por mais que seja uma cultura totalmente diferente e os dogmas culturais sejam diferentes dos que estamos acostumados, foi encantador e abrasador para um coração que já desejava sair em missão, desdá cultura até o trabalho realizado por missionários e membros eclesiásticos, com crianças órfãs, com o fervor e o amor que comunidade participa das atividades da igreja. Sai do encontro mais apaixonado e louco para ir em missão.

Mas Deus sonha os melhores sonhos para nós, no segundo encontro o tema foi “Continente Africano “, apaixonado pela missão que a irmã leiga deu seu testemunho a uns anos a trás, quando foi chegando do dia de ir para o encontro, coração já disparava, não só pelo encontro, mas por conhecer um pouco mais o lugar que a anos sonho em ir em missão. Com uma alegria no coração e bíblia na mão, fomos aprendendo sobre a África, e chega o nosso “Noite Cultural”. Um momento da noite de sábado que é reservado para que possamos conhecer ao vivo, questões como dança, música e até a comida.africa

Me senti na África, em nosso meio foram convidados religiosos que se encontram no Brasil para continuar sua formação religiosa, e eles com todos os costumes, alegria, e gingado de um povo maravilhoso, encantou a nossa noite cultural e missa, com danças, músicas e comido. Uma experiência que só despertou a minha vontade de ir em missão para a África.

Mas para mim JUMP, quer dizer “ família, trabalho em equipe, unidade, felicidade, amigos, amor e o carro chefe de toda a missão: Amor de Deus “.

Ser um Jumpista é pensar que tem uma nova formação mês que vem, e ficar imaginando o que será que vamos aprender e partilhar dessa vez? O que a equipe vai preparar atrás das portas dos continentes? É rever os irmãos que saem de estados longes para essa preparação para viver a missão.

 É saber que Deus está guiando cada um da equipe para que quando formos sair em missão seja no Brasil ou além-fronteiras, que levemos Deus para essas pessoas que nos acolheram em sua comunidade, em sua aldeia. Pois Deus abita em todos os lugares, em todas as comunidades, somos apenas mensageiros dele, para anunciar o amor dele por nós.

E nesses próximos encontros devemos perguntar ao Senhor. “Senhor o que queres que eu faça? ”, pedindo o auxílio do Senhor sobre a nossas escolhas para aonde desejamos sair em missão.

E para onde formos que possamos servir a Deus e os irmãos que estão necessitados do amor missionário, como diz a música, Como Posso? Toca de Assis.

“ E como posso te ver no altar No véu do Sacramento
Teu corpo em glória e não Te adorar?
  E como posso te ver no irmão
Teu corpo ferido, cansado, sofrido e não dar a mão? ”

Após viver toda essa preparação até finamente partir, foram momentos de grande aguardo e muita ansiedade, pois minha destinação era de fato para o continente que mais desejava, a África.

Mas nada é tão simples, pois do mais que estivesse preparado, é uma realidade totalmente diferente, culturalmente diferente também, mas tudo se soma a sua bagagem de vida, e nada vira um fardo, ao inicio da missão, tive meu primeiro choche , uma missa de seis (6) horas, pois   aquela missa em especial era a festa das etnias, pesar de ser um tempo longo, em comparação com que estava acostumado, são as horas mais cantadas e dançadas, exaltadas de felicidade e amor que se pode ter. Por mais que não compreendesse tudo que estava acontecendo ou que estava sendo falado, conseguia sentir o amor que ali exalava, a alegria de estar todos reunidos. 

Outro momento marcante em relação a missa, foi as missas no interior, em comunidades em meio a mata, que por mais que acontecesse algo que atrasássemos no caminho, a comunidade aguardava nossa chegada para podermos iniciar a missa, ninguém, mas ninguém mesmo ia em bora, e todas as missas tinha mais de uma hora, e todas cantadas e dançadas, chegou um momento que parei e perguntei o porque aguardavam , e ali mais outro choque, em quanto nos andamos umas quadradas, a população de interior anda quilômetros.cleberson

É lindo ver a fé deles, como eles fazem as suas atividades para Deus, em momentos aonde a linga nativa de cada um falhava, a   voz de Deus falava por nós, quando eu achei que não falara fluente o idioma ia ser um problema sempre se encontrava um jeito para nos comunicarmos.

Um dia em especial foi quando Pe. Valmir, foi resolver um problema na cidade, e fiquei sozinho e chegou o prefeito de Kani, e eu o disse que o padre estava na cidade, mas por mais que eu falasse ele não entendia, então ele apontou para o escritório e fez o gesto que não e eu concordei com ele, e ele simplesmente sentou, e puxou o celular do bolso, e foi buscar na internet como se fala obrigado em português, e isso me tranquilizou, em outros momentos que ficava nervoso como da orações, os cristões me ajudava, começávamos a rezar , eu em português, mas depois tentava ir pro francês e eles em francês, ai sempre vinha alguém do meu lado pra ajudar a lembrar. menino

Por mais que fossemos diferentes culturalmente, éramos unidos, éramos um só em oração, sempre, que buscamos a Deus, todo se torna mais fácil, por mais complicado que seja, e quem chegou em um pais, numa cidade que sua maior religião são muçulmanos, sem a menor esperança de se daria tão bem, foi embora com uma vontade de voltar ou melhor de nunca ter saído de lá.  

Essa experiencia não foi uma viajem, foi uma demonstração do amor, tanto de levar esse amor que nos cristões carregamos em nosso peito, quando o amor que Deus tem por cada um de nós.