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Jovem brasileira que ajudou na compilação da opinião dos jovens para o Sínodo

Juventude-CNBB
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13 Junho 2018

Em entrevista concedida à Vatican News, Letícia Carneiro, 26 anos, falou dos sucessos, dos desafios e das novidades em preparação para o Sínodo dos Bispos a partir da internet e das redes sociais.

“Foi a primeira vez na História da Igreja que teve uma participação pela internet e tão ativa nas redes sociais. Todos nós reconhecemos que foi um sucesso enorme e o papa Francisco ficou muito feliz com a participação dos jovens através das redes sociais. Reconhecemos também a oportunidade dessa rede que foi construída“, disse.

E acrescentou: “Então, agora, apesar de não ser mais possível responder as perguntas que foram discutidas na reunião pré-sinodal, os grupos do Facebook vão continuar vivos e vão continuar sendo alimentados com as notícias do Sínodo dos Bispos“.

Letícia dá o seguinte testemunho: “Os jovens sabem que foram escutados com suas opiniões. A opinião de cada um foi considerada na síntese das respostas que está no documento final. E agora, em breve, os bispos vão receber todo esse material e vão poder ler, em primeira pessoa, tudo aquilo que os jovens puderam contribuir por meio das redes sociais“.

Continuidade

A participação nos grupos do Facebook, a partir de agora, não tem mais limites de idade e terão em primeira mão as notícias sobre o Sínodo dos Jovens.

Letícia reconhece que foram percebidos alguns riscos, mas não se podia deixar de usar essa ferramenta. Nota-se, no entanto, que o Facebook não é mais tão popular entre os jovens como era antes. Muitos jovens passam pouco tempo no Facebook comparado ao tempo que passam em outras redes sociais. Por isso, reconhecem a necessidade de ir para outras redes sociais onde os jovens estão presentes de forma significativa e nessas redes se pode anunciar o conteúdo do Facebook.

A brasileira que ajudou no trabalho de redes sociais par ao Sínodo comunica ainda que era preciso “vencer o algorítimo do Facebook” uma vez que a quase totalidade dos jovens que participaram se declararam católicos e o grupo do Sínodo pretende que o tema da situação atual da juventude no País seja também discutido com jovens de outras igrejas e religiões e também com jovens sem religião. Ela diz: “seria muito interessante se tivessem pessoas com opiniões diferentes. E isso foi dito muitas vezes que faltou a participação dessas pessoas”.

“No grupo de língua portuguesa, tivemos a participação de jovens brasileiros e de jovens de Portugal, Moçambique, Angola. Foi o segundo maior grupo de participantes e o terceiro em número de respostas. Então, reconhecemos, que os jovens tiveram muita participação. E eu que li as respostas dos jovens fiquei muito contente com a sinceridade e com esse sentimento de satisfação por serem escutados. E eu posso garantir a esses jovens que eles realmente foram ouvidos e são convidados a ler a síntese para conhecerem a nossa realidade revelada pelos jovens de língua portuguesa, mas também a realidade de outros países. Esse documento está disponível no site oficial do Sínodo (www.synodo2018.va)“, conclui.